segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

MPF QUER QUE SUS DISPONIBILIZE ANÁLOGOS DE INSULINA EM TODO O ESTADO!


Ação busca tratamento mais eficiente para Diabetes Mellitus tipo 1 instável ou de difícil controle.
O Ministério Público Federal ajuizou ação civil pública contra a União e o Estado de Santa Catarina para que sejam disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) os análogos de insulina de longa duração (Glargina e Detemir) e de curta duração (Aspart, Lispro e Glulisina) aos pacientes com Diabetes Mellitus tipo 1 instável ou de difícil controle.
De acordo com a ação, ajuizada pelo procurador regional dos direitos do cidadão (PRDC), Maurício Pessutto, a Diabetes Mellitus é uma doença caracterizada pela deficiência total (tipo 1) ou parcial (tipo 2) da produção de insulina pelo pâncreas. No caso da Diabetes tipo 1, alguns pacientes não conseguem alcançar um adequado controle glicêmico (do nível de glicose no sangue) ou têm recorrência de episódios de hipoglicemia (baixo nível de glicose).
A hipoglicemia é uma das principais complicações decorrentes do tratamento intensivo com insulinas (aquele em que são aplicadas múltiplas doses diárias). No entanto, esse tipo de tratamento é hoje o mais recomendado, pois garante uma melhor prevenção e redução de outras complicações, como neuropatias (maior causa de amputação de membros inferiores), nefropatias (causa de 30% das insuficiências renais e diálises do país) e retinopatias (maior causa de cegueira no Brasil).
Segundo a ação do MPF, as insulinas disponibilizadas atualmente pelo SUS em Santa Catarina (a Humana NPH e a Humana Regular), em comparação com os análogos de insulina, apresentam um risco maior de crises de hipoglicemia, que podem levar a danos neurológicos irreversíveis, danos cardiovasculares, déficit de rendimento e produção escolar e acadêmica, convulsões, necessidade de internação hospitalar, coma e até à morte.
Apesar disso, Santa Catarina ainda não implantou um protocolo clínico para dispensação dos análogos. Outros estados, como Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Bahia já o fizeram. Há inclusive uma proposta de protocolo clínico, elaborada pelas regionais catarinenses da Sociedade de Endocrinologia e Metabologia, e da Sociedade Brasileira de Diabetes.
Audiências públicas - com o objetivo de ampliar o debate sobre a dispensação dos análogos de insulina, bem como buscar uma solução administrativa, junto aos órgãos responsáveis pelo SUS, para a implantação de protocolo clínico, foram realizadas duas audiências públicas no estado.
A primeira delas ocorreu em Criciúma, no dia 13 de maio de 2010, e contou com a participação de procuradores da República, vereadores, médicos, procuradores do estado e representantes da Secretaria Estadual de Saúde, entre outros. Em diversos depoimentos, foram destacadas as vantagens do uso dos análogos.
O procurador da República Darlan Airton Dias também chamou a atenção para a crescente judicialização da saúde, em decorrência da falta de disponibilização, pelo SUS, de determinados medicamentos. Segundo o procurador, em outubro de 2008, havia 667 processos nessa área, em tramitação na Justiça Federal de Criciúma. Em maio de 2010, o número de processos já chegava a mais de 1.600, o que representa um aumento de cerca de 150%.
A Procuradoria da República em Criciúma chegou a ajuizar uma ação civil pública, que obteve decisão favorável ao MPF, condenando o Estado de Santa Catarina a implantar o protocolo clínico para dispensação dos análogos e a União, ao custeio dos medicamentos.
A segunda audiência foi realizada em Florianópolis, no último dia 25 de outubro, no auditório da Assembleia Legislativa. Além do PRDC, Maurício Pessutto, participaram do evento procuradores da República, juízes, deputados estaduais e médicos, entre outros.
Na oportunidade, o presidente da regional de Santa Catarina da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Itairan da Silva Terres, falou da importância da implantação do protocolo para os análogos de insulina no estado e destacou as crises de hipoglicemia como a ocorrência mais comum no uso das insulinas convencionais, enfatizando as vantagens do uso dos análogos.
Liminar - diante da falta de ação do Ministério da Saúde, que seria responsável pela compra e distribuição às secretarias estaduais de saúde dos análogos de insulina, e do Estado de Santa Catarina, que não assume a responsabilidade de estabelecer o protocolo clínico correspondente, o MPF requereu liminarmente que a União e o Estado sejam obrigados a implantar o protocolo para os análogos de longa e de curta duração, sugerido pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e pela Sociedade Brasileira de Diabetes.
Além disso, a União deverá custear integralmente, comprar de modo centralizado e distribuir à Secretaria Estadual de Saúde os análogos de insulina. O Estado de Santa Catarina também deverá coordenar, organizar e estruturar o serviço de disponibilização dos medicamentos aos pacientes que se enquadrarem nos critérios estabelecidos pelo protocolo clínico.
Ação nº 50199726420114047200
Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão
Av. Mauro Ramos, nº 224, sala 402, Centro, Florianópolis/SC
Fone: (48) 2107-6190

Fonte: Procuradoria da República em Santa Catarina (www2.prsc.mpf.gov.br) – 21.12.2011

CDH (Comissão Direitos Humanos) realiza audiência sobre planos de saúde e a situação do trabalhador!


Retomando as atividades das comissões do Senado, foi iniciada há pouco audiência pública sobre planos de saúde privado e saúde do trabalhador. O debate, que acontece na sala 2 da Ala Nilo Coelho, é promovido pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). Foram convidados representantes de trabalhadores, empresários e governo.

A reunião foi aberta pelo presidente da CDH, senador Paulo Paim (PT-RS).

Em audiência realizada no final do ano passado, representantes de centrais sindicais criticaram proposta da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) que, segundo eles, dificulta a continuidade de aposentados e trabalhadores demitidos em planos de saúde corporativos.

Fonte: Senado Federal (www.senado.gov.br) – 06.02.2012.

Cartaz Campanha da Fraternidade 2012!


Tema: "Fraternidade e saúde pública"
Lema: "Que a saúde se difunda sobre a terra!"


O cartaz atualiza o encontro do Bom Samaritano com o doente que necessita de cuidado (Lc 10,29-37).

A mão do profissional da saúde, segurando as mãos da pessoa doente, afasta a cultura da morte e visibiliza a acolhida entre irmãos (o próximo). A Igreja como mãe, em sua samaritanidade, aproxima-se e cuida dos doentes, dos fracos, dos feridos, de todos que se encontram à margem do caminho.

O profissional de pé, o enfermo sentado, olhos nos olhos, lembram o compromisso e a dedicação do profissional da saúde, no processo de cura do paciente, e a confiança do doente naquele que o acolhe e cuida. A acolhida e o cuidado aliviam a dor, estabelecem uma relação de confiança decisiva para a cura e superação das barreiras sociais.

A cruz, que sustenta e ilumina o sentido do cartaz, recorda a salvação que Jesus Cristo nos conquistou. Ela ilumina a vida humana, a morte, as dores, o sofrimento das pessoas sem assistência de saúde. No entanto, é ela também que ilumina o encontro entre o profissional da saúde e o doente, pois aponta para a esperança da transformação completa: um novo céu e uma nova terra.

A alegria do encontro retratado no cartaz recorda aos profissionais da saúde que foram escolhidos para atualizarem a atitude do Bom Samaritano em relação aos enfermos. Mobiliza os gestores do sistema de saúde a se empenharem para possibilitar atendimento digno e saúde para todos. Que a saúde se difunda sobre a terra.

Fonte: http://www.paroquiaaparecidaptu.com.br